Grupo dedicado à protecção e libertação animal.

quarta-feira, abril 27, 2005

Jennifer Lopez provoca activistas

O mais recente vídeo da cantora e actriz Jennifer Lopez “Hold You Down” responde de uma forma cruel e extremamente provocativa aos esforços da PETA em boicotar a sua recente linha de vestuário que inclui inúmeras peças com pelo e peles genuínas.
Neste vídeo, Lopez exibe inúmeros casacos de peles acompanhada pelos figurantes envergando também eles peças de roupa feitos à custa das vidas de um sem número de animais indefesos.

Esta atitude vergonhosa constitui uma tentativa deliberada de por os nervos em franja àqueles que defendem os direitos dos animais e que combatem a indústria das peles. O vídeo só revela a falta de carácter da cantora que vendo-se a braços com um enorme esforço de sensibilização por parte de organizações de defesa dos animais responde provocando como forma de afirmar que nunca irá reconhecer o sofrimento com o qual compactua e que inclusivamente promove.

Veja o video: http://www.mtv.com/music/video/premiere/jenniferlopez

A Arte de mal-tratar


Toda a gente sabe que o Cinema é uma indústria enorme que produz anualmente centenas de filmes que entretêm milhões de cinéfilos em todo o mundo não só com o filme em si mas também com todo o mediatismo das estrelas. Todo o “glamour” do cinema oculta falsidades e ilusões mas a que mais importa sem sombra de dúvida, é a exploração descarada de animais apresentada às audiências de forma “minimizada”.

Existem em Hollywood escolas especialmente dedicadas ao treino de cães, gatos, chimpanzés, aves exóticas, leões, panteras e todos os animais possíveis e imaginários para participarem em produções cinematográficas. Estes animais são criados com o único intuito de fazer os seus tratadores lucrar na grande máquina de Hollywood. Até aqui, tudo parece “normal”, afinal é o que as lojas de animais e os circos (aos quais nos opomos também) fazem – explorar animais.

Durante as produções, os animais que já sofreram maus-tratos como os infligidos nos circos desde as suas infâncias, são sujeitos a stress devido às exigências enormes das filmagens: carga horária excessiva, repetição de tarefas, muitas vezes sujeitos a condições climáticas inadequadas e mesmo agressões. Como exemplo, inúmeros cavalos já sofreram lesões serias e foram abatidos na sequência da filmagem de cenas de batalhas medievais nas quais são forçados a tombar com os “cavaleiros” em cima.

A crueldade não fica por aqui. Nas filmagens do filme “Anaconda”, a produção achou que a ciência ainda não tinha documentado suficientemente os padrões de alimentação das anacondas e decidiu alimentar coelhos vivos a um destes animais simplesmente para “tentar compreender melhor” como se alimentam. Teria sido mais fácil e mais inteligente comprar um livro sobre anacondas e ver documentários do que partir para esta solução ignorante e cruel.

Um número incontável de insectos e aracnídeos foram até hoje simplesmente esmagados em filmes onde a produção nem sequer pensou em alternativas mais justas para os animais.

No conhecido filme “Hable Con Ella” o realizador espanhol Almodovar assassinou quatro touros até que o resultado da cena de tourada deste filme fosse satisfatório. Num pais de touradas de morte como a Espanha, bastar-lhe-ia filmar uma tourada real e pelo menos poupar a vida a estes quatro animais dos quais abusou impunemente só porque é quem é.

Ao expor a falta de ética num fórum de cinema português, alguns intervenientes mostraram-se receptivos enquanto um, professor de cinema em Lisboa, alegou que “A arte pela arte tem que ser sem escrúpulos, caso contrário é artezinha e acessória” reforçando com “Para mim a arte vem antes de qualquer outra coisa, inclusive o sofrimento das criaturas.”. Com tamanha irresponsabilidade, algumas pessoas deste meio, desprovidas de qualquer consciência ou moral contribuem para que hipocritamente, num meio onde os efeitos especiais e animações feitas em computador são cada vez mais baratas do que filmar cenas reais, se continue a abusar de criaturas inocentes.

O que pode fazer:

A única coisa que pode fazer é informar-se antes de ir ao cinema ou antes de sequer alugar um filme no seu vídeo-clube. Procure sensibilizar os seus familiares, amigos e colegas de trabalho lembrando-os que o mais recente épico apesar de muito excitante provocou sofrimento desnecessário e bárbaro e mesmo a morte a alguns animais.

quinta-feira, abril 07, 2005

Aliviar o stress...torturando

Se algumas pessoas conseguem reconhecer o sofrimento de raposas, coelhos e outros mamíferos caçados naquilo que alguns chamam de actividades de lazer, poucos são os que conseguem identificar-se com os habitantes do meio aquático que são frequentemente perseguidos nos seus habitats naturais para diversão de indivíduos com tempo livre a mais.

As razões para escrever estas linhas são mais do que muitas mas uma peça transmitida há uns dias no jornal da tarde na SIC, deixou-me deveras irritado: elogiou-se a campeã mundial de pesca Fernanda Pereira do Clube Naval Povoense com honras de verdadeira heroína nacional.
Enalteceu-se o convívio, a descontracção, como a actividade é benéfica para a saúde (dos humanos, talvez) e como é um grande feito uma mulher conseguir ganhar campeonatos onde indivíduos competem para ver quem tortura ou mesmo mata mais animais.
Tudo é uma questão de orgulho insensível onde o objectivo é exibir troféus e nunca a sobrevivência. O sofrimento infligido aos animais nunca importa para estas pessoas.

Esta senhora, não sendo a única a perseguir pelas suas pobres opções de vida, nunca deve ter olhado para os animais que retira violentamente do seu habitat ferindo-os gravemente com os anzóis o que provoca uma dor imensa (pescadores que já espetaram anzóis acidentalmente nos dedos não o desmentem), causando-lhes lesões internas através da descompressão súbita ao serem retirados da água e sufocando-os lentamente até à morte. Em terra, os anzóis são retirados com o animal ainda vivo causando-lhe imensa dor, hemorragias internas e ferimentos na boca.

Na pesca desportiva, os peixes são devolvidos à água mas isso não abona a favor dos pescadores: algumas lesões são irreversíveis e os peixes morrem em poucas horas ou dentro de alguns dias. O tecido sensível da boca dos peixes é muitas vezes rasgado fazendo com que o animal não se consiga alimentar correctamente causando a sua morte por fome.

Cientistas comprovaram em diversas ocasiões que os peixes sofrem como os mamíferos mas as pessoas não reconhecem a dor e o medo através dos seus olhos “frios” e os pescadores continuam a negar esse facto para bem dos seus passatempos intocáveis.

Outros animais esquecidos neste processo são os iscos vivos: pequenos camarões, peixes e minhocas que são trespassados pelos anzóis ainda vivos e conscientes e cruelmente lançados para a água para atrair os peixes.

O que pode fazer…

Se você é pescador encontre uma outra ocupação amiga dos animais. Porque não apreciar a natureza em vez de a destruir?

Se conhece pescadores que se recusam a ouvir estes argumentos peça-lhes que ao menos mate os peixes imediatamente evitando o seu sofrimento prolongado.

Escreva para as autoridades locais ou para políticos explicando-lhes que os peixes também sofrem e que a pesca lúdica deve ser proibida.

Informe-se:

http://www.animal-lib.org.au/lists/fish/fish.shtml

domingo, abril 03, 2005

Circo dos Horrores

Há algum tempo atrás, na televisão portuguesa passaram inúmeras peças de reportagem e houve alguns programas de televisão que tinham como objectivo fazer propaganda aos Circos alegando que eles estavam a “morrer”. É no mínimo irónico que se refiram ao Circo desta maneira quando quem está a morrer não é o Circo mas sim os animais neles explorados.

O público não sabe, o publico está mal informado. As batalhas das associações de defesa dos animais passam praticamente despercebidas e o Circo continua de pé à conta do sofrimento dos que não se pretendem armar em artistas, à conta daqueles que nunca pediram para serem alvo de chacota, de risota geral dentro de tendas apinhadas de gente, daqueles que nunca pediram para ser maltratados.

Os aplausos e os sorrisos das crianças existem porque ninguém consegue ver além da névoa em que se envolve o espectáculo. Não se reconhece o sofrimento por detrás do número ou da proeza. A música, as luzes, as pipocas e o algodão doce fazem esquecer tudo e passa-se um bom momento do lado das bancadas. Na arena há maldade dos “artistas” e terror nos animais.

Como tudo começa…

Muitos dos animais de circo, onde se encontram muitas vezes espécies protegidas, foram capturados nos seus habitats naturais por caçadores furtivos que mataram os progenitores para chegar às crias indefesas.
Depois de verem os pais morrer e de serem obrigados a fazer enormes viagens apertados em pequenas jaulas junto com outros animais, sem qualquer conforto, higiene ou cuidados são eventualmente vendidos a um circo.
O pior momento das suas vidas, porém, ainda está para vir. As pequenas criaturas não fazem ideia do que as espera.

Entregues ao circo e ao destino que os “tratadores” lhe pretendam dar, inicia-se o processo de treino ou seja, tenta-se quebrar o animal física e psicologicamente transformando-o num instrumento que possam facilmente manipular para atrair o publico.

Os animais são acorrentados ou presos dentro de pequenas jaulas, muitas vezes sem se poderem sequer mexer. A higiene e o conforto são esquecidos. São deixados ao frio ou ao calor independentemente das suas necessidades a nível climático.

Para satisfazerem os caprichos dos tratadores, são frequentemente espancados com barras metálicas, varas, pedaços de madeira e são chicoteados violentamente. As garras de ursos e felinos são arrancadas ou serradas para evitar ferimentos nos domadores e nos outros animais devido ao imenso stress que a vida circense lhes provoca.

São frequentes os dentes e narizes partidos, línguas cortadas, queimaduras no corpo provocadas por ferros em brasa e choques eléctricos e cortes profundos provocados por objectos pontiagudos. As lesões cerebrais causadas por pancadas na cabeça são também usuais. Uma técnica de treino também frequente é a privação de comida e água por longos períodos de tempo.

Muitos destes animais entram num estado profundo de depressão batendo constantemente com as cabeças nas grades e paredes das jaulas provocando lesões graves. Muitas vezes atacam os seus companheiros de cela como forma de libertarem a sua frustração ou mordem as próprias caudas e patas constantemente. Os movimentos repetitivos são um sintoma da depressão e desespero em que estes animais vivem.

Como tudo acaba…

No decorrer dos treinos violentos, muitos animais ficam irreversivelmente lesionados ou são abatidos, simplesmente abandonados em terrenos baldios ou vendidos a laboratórios.
São também frequentemente abatidos quando a sua raiva pelos que os maltratam extravasa e atacam os seus domadores. Há também casos em que os animais escapam dos circos e são abatidos impiedosamente pela polícia.

Como raramente têm acesso a cuidados veterinários, as doenças são frequentes e normalmente significam o abate do animal. Quando existem veterinários são facilmente corrompidos para fecharem os olhos à situação.


É assim que os circos recompensam uma vida de tortura e sofrimento: descartando-se dos objectos, das atracções que já não lhes dão lucro.


O que fazer…

Para os que têm dúvidas em relação ao tipo de pessoas que existem nos circos, é importante referir os inúmeros incidentes entre funcionários dos circos e activistas que distribuem panfletos de sensibilização às pessoas que se dirigem às bilheteiras e que são selvaticamente agredidas enquanto procuram pacificamente expor a violência da qual acabam por ser também vítimas.
É fácil constatar que a violência faz parte da natureza destas pessoas que não têm escrúpulos e que não respeitam nem a Lei, nem os direitos humanos, quanto mais os direitos dos animais.

Por favor BOICOTE os circos com animais. Não eduque os seus filhos de forma errada. Os leões, os ursos, os tigres e os demais animais selvagens que são usados nos circos precisam de ser encarados à luz da sua realidade: são animais maltratados, abusados e explorados, cuja identidade e personalidade própria foram há muito destruídas pela ganância, maldade e inconsciência dos funcionários dos circos.

Estes animais não são artistas nem nunca o serão. Tudo o que pretendem é viver em liberdade e em paz no seu ambiente natural. Eles não pediram para executar malabarismos nem para saltar através de arcos de fogo. Eles não nasceram para andar em bicicletas para agradar às hostes humanas. Eles nasceram para serem livres e donos de si mesmos.

O Circo é um espectáculo quando não vive à conta do sofrimento dos animais. Existem já alguns circos só com artistas humanos. Estes circos entenderam que é errado maltratar animais e são hoje respeitados e admirados pela qualidade dos seus espectáculos. São estes circos que naturalmente apoiamos e incentivamos. A todos os restantes dirigimos o nosso total repúdio pela forma vergonhosa como actuam.

Informe-se:

http://www.animaldefense.com/Circus.html
http://animal.org.pt/bo/conteudos/index.php?categoria_id=71
http://www.circuses.com/
http://www.pea.org.br/crueldade/circos/index.htm

 
free web counter