Grupo dedicado à protecção e libertação animal.

domingo, janeiro 15, 2006

"Eu adoro animais!"

É muito raro encontrar alguém que diga abertamente que não gosta de animais. Muita gente tem em suas casas cães, gatos, pequenas aves, peixes, répteis e até aracnídeos. Algumas são até bastante zelosas tratando os seus animais de companhia com todos os cuidados e afecto, outras dedicam até parte das suas vidas a recolher, tratar e reabilitar cães e gatos que vagueiam pelas ruas.

O que estas pessoas não compreendem, apesar de ser inegável a sua vontade de ajudar, é que, no fundo, o seu ímpeto solidário apenas substitui os membros da mesma espécie por animais domésticos e não por animais no geral.

Não seria assim se as pessoas que dizem gostar de animais fossem todas vegetarianas éticas e levassem um estilo de vida consciente, a par do sofrimento de outros animais que não cães e gatos. Porcos, vacas, cavalos, perus, galinhas, bacalhaus e outras espécies que consomem despreocupadamente são também animais, não mais, mas também não menos dignos de solidariedade e de respeito do que o gato e cão fofinhos e brincalhões.

Para que a expressão “Eu gosto tanto de animais!” não soe a incoerência e ignorância, aqui ficam uns concelhos práticos que todas as pessoas que realmente gostam de animais e os respeitam seguem no seu dia-a-dia:

  • Não comer carne. Quando digo carne, quero dizer que se excluem da alimentação a carne de peixe, de aves, de camarão, etc. Não existe tal diferenciação como carne e peixe, ambos são carne, todos os animais contemplados na alimentação omnívora morrem injustamente.
  • Não comer derivados da produção animal. Ainda que seja difícil excluir completamente o leite e derivados e ovos, é necessário que essa mudança seja feita pois o leite de outros animais não nos foi destinado, tal como os ovos. No entanto não se exige uma mudança súbita. Deixar de comer carne é o primeiro passo.
  • Evitar produtos testados em animais ou que incluam produtos deles extraídos. A única forma de não compactuar com a crueldade das grandes empresas que fabricam cosméticos, produtos de cuidados pessoais e até medicamentos à custa da tortura de coelhos, cães, gatos, ratos e outros animais, é boicotar os seus produtos.
  • Não usar vestuário e calçado com pele ou pêlo. A pele que é frequentemente rotulada como factor de qualidade no calçado, alimenta em grande parte a indústria da carne. Usar pêlo, é concordar com as atrocidades e com o sofrimento dos animais cujo pêlo é arrancado dos seus corpos depois de electrocutados ou asfixiados.
  • Boicotar circos com animais, zoos, touradas e as empresas que os patrocinam. O mundo dos espectáculos é particularmente cruel para com os animais. Se na indústria da carne os animais sofrem para que os humanos os comam, nesta indústria, os animais sofrem para diversão das plateias ignorantes. Boicotá-la é não só proteger os animais como proteger a educação das pessoas.
  • Participar activamente. Ajudar organizações como a ANIMAL, RSPCA, PETA, entre outras, que se debatem pelos direitos dos animais ajudando-as a exercer pressão sobre as autoridades através do envio de cartas e e-mails de protesto e participar em manifestações públicas.
  • Proteger o ambiente. A indústria da carne e seus derivados é a principal responsável pela desflorestação. Para que se alimentem os animais destinados ao abate, derrubam-se milhares de hectares de floresta. É também responsável pela contaminação das águas devido ás quantidades enormes de matéria fecal e lixos orgânicos despejados nos rios. A indústria da carne é uma grande desperdiçadora de energia e de recursos, produzindo soja para alimentar animais que irão por sua vez alimentar humanos nos países ricos. Se essa soja fosse utilizada para consumo humano erradicaria a fome em Africa.
  • Diga o que sabe e o que pensa. Uma parte importante da defesa dos direitos dos animais é aprender sobre o assunto e divulgar àqueles que ainda não estão a par do problema.
    A Internet é um bom meio de divulgação de todas as causas. Se sabe como, crie uma página ou um “blog” sobre o tema, participe em fóruns. Escreva artigos para jornais, escreva livros. O importante é não ficar calado.

 
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