Grupo dedicado à protecção e libertação animal.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Património Mundial?

O Jornal Nacional (TVI) de hoje dava conta das intenções dos “aficionados” e criadores de animais para tortura em espectáculos tauromáquicos, em apresentar à UNESCO uma proposta que visa tornar a Tauromaquia património mundial. A estação de Queluz fez questão de disponibilizar tempo de antena para mais uma vez propagandear este negócio decadente que persiste depredando o atraso cultural do povo português e a dignidade do touro e do cavalo.

Ficamos todos divididos: não sabemos se insultados, se surpreendidos com a audácia, ingenuidade e ignobilidade de quem pôs em marcha mais uma ridícula e desesperada tentativa para obter a aceitação do público. A tauromaquia representa cada vez mais uma minoria ultrapassada da sociedade portuguesa que ainda vibra com a tortura e derramamento de sangue de animais inocentes e cada vez menos as aspirações de um país que pretende ser civilizado.

Como pensam estes senhores conseguir que este “espectáculo” sanguinário e degradante para os animais envolvidos (humanos e não-humanos) que é encarado pela UNESCO como “a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público” seja levada a sério pela organização? Dir-lhes-á algo, o facto de que tal classificação tenha sido proferida há 26 anos atrás quando a Tauromaquia era próspera e largamente activa?

O que levará estes senhores a deduzir que na actualidade, quando apenas um número reduzido de pessoas assiste a esta vergonha, que a tourada é expressiva o suficiente para que a UNESCO se contradiga e viole a própria Declaração dos Direitos do Animal que proferiu em 78 e a classificação que atribuiu 2 anos depois à própria tauromaquia?

Qual foi a parte de “Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura" que estes senhores não perceberam quando alegam que a tourada une os povos e as culturas?

Todos nós sabemos que os empresários da tortura e autores desta descabida proposta, sabem não ter qualquer fundamento para tais ambições num mundo dito moderno. No entanto, sabem também que este golpe publicitário pode surtir algum efeito no subconsciente dos espectadores quando transmitido por órgãos de comunicação altamente tendenciosos que abrem os braços aos dinheiros que advêm de qualquer fonte, sem olhar a quaisquer valores.

É esta a liberdade de imprensa: apresentar uma peça vitimizando os exploradores de animais usados na tauromaquia e insinuando que este pequeno sector do “jet-7” se vai ver a braços com os ataques supostamente infundados dos “críticos”. Só faltou terem tido a coragem de dizer “os activistas” e já agora chamar-lhes histéricos e fundamentalistas.

E porque o jornalismo foi esquecido nesta peça, vou fazer o trabalho que deveria ter sido da redacção da TVI e apresentar o outro lado da moeda, para que não restem dúvidas de que os interesses defendidos por esta estação esquecem a ética, a moral e insultam a inteligência dos espectadores “mais atentos”:

http://www.lpda.pt/01campanhas/touradas.htm

http://animal.org.pt/bo/conteudos/index.php?categoria_id=70

http://www.accaoanimal.com/site/content/view/234/104/

http://glanimal.blogspot.com/2005/05/tvi-retrocesso.html

http://glanimal.blogspot.com/2005/06/tourada-o-espectculo-medieval.html

http://glanimal.blogspot.com/2005/06/o-bom-servio-pblico-de-televiso.html

http://glanimal.blogspot.com/2005/07/trissomia-21-na-tourada.html

 
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